sexta-feira, 3 de setembro de 2010

AEROBJ O INICIO DA AMIZADE E DO GRUPO

CLEBIM E JUREBA NAS PRIMEIRAS AULAS
JUREBA E SILVIO AGOSTINI
GEREBA (1º AEROMODELO DO AEROBJ)

COM A PERMISSÃO DO AUTOR EU VENHO POSTAR ESSE TEXTO .

“ Porque uma vez que tenhas provado o voo, andarás pela terra com os olhos voltados para o céu: porque lá já estivestes e para lá queres voltar ”
Leonardo Da Vinci

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Um pouco de História e Informação:

O sonho de voar vem de longe. Poder sentir de perto o sabor do vento acariciando o rosto. Diversas foram as tentativas e os fracassos, porém, o homem com sua inigualável persistência, inteligência, curiosidade fez voar um objeto mais pesado que o ar. Há de se esclarecer que alguns pontos são meio controversos quanto ao primeiro “mais pesado que o ar” decolar.

Em 1903, nos Estados Unidos, os “irmãos Wrigth” lançaram-se no ar com um aparelho que voou por alguns intantes, tendo como motor propulsor uma catapulta, mas, todavia, não houve testemunha disso, principalmente do primeiro voo daquele objeto.

Em 1906, o gênio inventivo de um brasileiro, “Alberto Santos Dumont”, fez voar um “mais pesado que o ar” com propulsão própria, decolando e pousando no campo de Bagateli, em Paris, na presença de várias testemunhas, inclusive com fotos e pequenos filmes. A história desse nosso Heroi Tupiniquim é fantástica, vasta e merece ser matéria para uma outra oportunidade.

Cada um desses indivíduos teve a sua parcela de criatividade inventiva que nos proporciona nos dias de hoje os diversos meios aéreos, sejam para transporte de cargas, passageiros ou o simples aerodesportivo. Nós, como brasileiros, e desse fato podemos nos orgulhar e bater no peito, logicamente puxamos a “farinha para o nosso saco” em querer Santos Dumont como primeiro a voar, porém em se tratando de uma invenção na qual o aprendizado se deu por experimentação “acerto e erro”, ambos os inventores merecem seus devidos créditos. Fica ao prezado leitor decidir a quem cabe a paternidade do primeiro voo.

Bom, como o pensamento inventivo não pode e não quer parar, aparece um sujeito, não se sabe se japones, alemão, americano, enfim, esse sujeito pegou tudo que já tava pronto e resolveu minimizar. Em uma época que a eletrônica era tão avançada como a tecnologia 3D no interior do Brasil, de hoje. Dá para se imaginar como era na época a eletrônica daquela, digamos, miniaturização!

Mesmo assim isso não impediu que os erros e acertos, principalmente o aprendizado com eles nos remetesse ao que se tem hoje: tecnolgia de ponta, lilteralmente na ponta dos dedos, fazendo decolar réplicas perfeitas e ousadas das mais diversas aeronaves existentes no planeta! Nasce então o Aeromodelismo e a arate de voar sem sair do chão.

Com a abertura das importações no Brasil, ficou infinitamente mais fácil e barato o acesso a esse esporte. Esporte Sim! Aeromodelismo não é brincadeira. Aeromodelo não é brinquedo. Exige concentração, mente limpa respeito à limites e principalmente respeito à segurança do piloto e de quem o assiste.

O intercâmbio entre os pilotos de diversas cidades, estados e até mesmo outros países nos eventos e campeonatos que pipocam por esse país afora traz, sem a menor dúvida, todo o tipo de novidade e troca de conhecimento que faz com que da capital rica à pista improvisada em um sítio o piloto de aeromodelo tenha a possibilidade de ter nas mãos a “nata” do equipamento para esta prática. Vai depender, lógico, do bolso de cada um! Mas o certo que é possível sim tornar-se um excelente piloto quando todas as regras são seguidas e os conselhos e informações dos Veteranos são ouvidos. Com certeza estes, os veteranos no esporte, sejam os que melhor transferem os conhecimentos necessários para que o “manicaca” se torne um piloto de verdade e curta o esporte com prazer e não desista na primeira “lenha” sofrida. O que é, infelizmente, o mais comum.

Aeromodelismo é coisa séria. Ninguém “solta aviãozinho” até mesmo porque ele não está preso a nada! Aeromodelista VOA! Comprar um aeromodelo porque ele é bonitinho ou porque está barato é jogar dinheiro fora na certa. A quem deseja ou se interessa aprender a voar o mais correto é procurar um Clube, Associação ou qualquer Grupo que se disponha a ter um piloto experiente a transmitir os ensinamentos da arte de voar um aeromodelo. Que esse atual “manicaca' e “futuro piloto” tenha em mente a humildade de saber aprender e não ache que o dinheiro pode comprar quantos aeromodelos ou helicópteros vier a “lenhar”. Há que se ter aí além do “respeito ao bolso”, principalmente, o respeito ao Instrutor, que cedeu o seu tempo de voar e dedica agora a ensinar mais um voador!
Falando de Grupo de Aeromodelismo:

Alguns anos atras, nos idos de 2005, o destino fez com que alguns caminhos, ou melhor, algumas rotas, se cruzassem. De um lado um manicaca sofrendo com um aeromodelo recem lenhado a procura de um estabilizador para que o sofrido aeromodelo voltasse, ou tentasse, voltar aos céus Bonjesuenses. Pois bem, na mesma loja eu me encontrava a procura de um filme para minha distração e de meu pequeno herdeiro. Percebi que o manicaca estava com uma planta de aeromodelo aberta na tela do computador e como todo bom Mineiro, silenciosamente, me aproximei e pus-me a observar o que se tratava aquilo, ou por que razão aquela planta estava ali. Foi o meu primeiro contato com um dos meus melhores amigos feitos até hoje: Juliano , o nosso Jureba. “democraticamente” eleito o Presidente do nosso AEROBJ.

Algum tempo se passou e os sonhos e ideais aeromodelísticos continuaram crescendo, assim como a amizade se solidificando. Como o Bonjesuense nato é o Jureba e eu, o Mineiro recém adotado pela cidade que hoje tenho como minha também, ficou para ele a responsabilidade de divulgar que estávamos voando na pista da antiga Usina Santa Isabel. Até então um matagal, depósito de lixo, inclusive hospitalar, o que após algumas reivindicações e ações de outros grupos que não concordavam com aquela porqueira, fez com que o lixo diminuisse. Infelizmente ainda há pessoas que desrespeitam do meio ambiente ao espaço alheio e que continuam a jogar animais mortos e todo o tipo de porcaria por lá. Uma pena, mas é a realizadade! Mas isso fica para uma outra oportunidade...

Pois bem, amigos sendo feitos, grupo aumentando, aviões melhorando e eis que aparece um aeromodelista que há muito estava adormecido. Digamos, a uns 30 anos! Isso mesmo. Talvez uns dos primeiros, senão o primeiro da região, o Dr. Júnior. O manicaca e piloto adormecido aparece com uma relíquia que fazia uns 30 anos que não decolava. Uma doação valiosíssima a quem nunca havia sequer visto um motor a combustão, como era o caso do Jureba. Aquilo era uma verdadeira “gereba” que coube ao Juliano fazer voar.... mas como um manicaca faria isso? Entra então a experiência, a paciência e o amor pelo esporte de um dos mais apaixonado veterano aeromodelista que se tem noticia na região: o Eugenopolense e Mineiro Silvio Agostini, o nosso eterno instrutor Silvinho. Com seus mais de vinte anos de praia, digo, ar, fez aquela coisa “gerebista” voar! Ah! E com voou! Voou muito, ensinou muito, teve alguns contratempos, mas também, o coitado já tava dando ar de cansado! Aí, o Jureba teve a “magnífica” ideia de aumentar uns 2 quilos de tinta pra “reformar” o bichinho. Foi o seu definitivo descanso! Pelo menos ficou a foto que prova e é prova de que a criatividade, boa vontade e o conhecimento faz até o improvável voar!

E assim fomos caminhando. Mais amigos chegando, sendo “infectados” pelo “virus do nitrometano”. Os equipamentos melhorando, assim como a qualidade dos voos. Eis que surge a idéia de um encontro. Coisa do Jureba! E assim foi feito: em maio de 2006 foi promovido o primeiro Aeroshow. Feito na marra, com alguns patrocinadores que olhavam meio desconfiados, afinal era um esporte tido com brincadeira, quase desconhecido aqui na região. E deu certo! Muita correria, muita coisa pra organizar, mas deu certo. Tivemos a ajuda de um camarada que surpreendeu a nos todos com a tranquilidade e dedicação ao aeromodelismo. O resultado não poderia ter sido outro senão bons e belos voos. Peço licença para lembrar de uma pessoa que se tornou um grande piloto entre nós. Eu, particularmente, tive dúvida se era gosto ou somente o “fogo de palha” e a grata satisfação de vê-lo voar e voar bem! Infelizmente, por uma dessas peças do destino Deus o quis de volta para lá de cima ajudá-lo com o aprendizado desses manicacas da vida aqui em baixo. Fique em Paz meu grande amigo voador Rafael Valinho!

Com o evento do Aeroshow tivemos a visita de diversos aeromodelistas de várias cidades, um público bastante interessado em ver os voos, as pequenas aeronaves, enfim, a curiosidade de uma novidade. Uma novidade sadia, diga-se de passagem!

Com o passar do tempo outras pessoas se interessaram, outras nem tanto, mas sempre aparece um ou outro querendo ver como funciona. Vai lá na pista, vê voar as pequenas aeronaves, se empolga e às vezes some! Aeromodelismo tem que tá na veia! Tem que ter paixão e não só achar bonitinho! Ainda tem custo elevado o investimento inicial.

Há muito ainda que melhorar. Há muita coisa a aprender e entender. Aprendizado que só o tempo, a experiência, a boa vontade, a humildade e o respeito revelam, não só no aeromodelismo, mas em tudo que se goste e queira fazer bem feito!

Meus colegas aeromodelistas que me desculpem não citar seus nomes e por motivos motivos óbvios: Seria injustiça esquecer algum. Todos tem a sua importância em manter voando essa nossa mania de não ficar no chão!
Fica o convite a quem queira voar sem sair do chão. Experimentar a adrenalina de comandar uma aeronava. “Aeromodelismo é metanol na veia! Aeromodelismo é a arte de voar sem tirar os pés do chão! ”

Segue um comentário que diz bem muito sobre o aeromodelismo.
Fraterno abraço!
Bons Ventos!

Cléber Agostini - AEROBJ

AEROMODELISMO – ESPORTE... PAIXÃO... OU UM SAUDÁVEL DELÍRIO?

PARA QUEM SABE DIVIDIR O TEMPO
É UM ESPORTE PRAZEROZO QUE DELETA DA MENTE
OS MAUS FLUIDOS E TRANSPORTA OS PRATICANTES
PARA UM MUNDO IMAGINÁRIO
ONDE SE TORNAM CRIANÇAS NOVAMENTE.

DEVE SER BOM PISAR NA PISTA
COM A CABEÇA FLUTUANDO NOS ARES
E RECONHECER OS LIMITES DO SER HUMANO
RESGATANDO DE DENTRO DE CADA UM
UM POUCO DAS IRRESPONSABILIDADES
ABAFADAS PELO ADULTO COMPETITIVO
QUE VIVE NA NOSSA SOCIEDADE.

DEVE SER BOM SE TRANSPORTAR
PARA O MUNDO DOS SONHOS
E SE SENTIR PILOTO DE VERDADE.

É UM ESPORTE QUE PEDE TRANQÜILIDADE
AO ACIONAR OS COMANDOS DO RÁDIO
PARA ALCANÇAR VÔOS RADICAIS, QUE NA REALIDADE
PARA MUITOS É SINÔNIMO DE VAIDADE.

MAS QUEM TRANSFORMA A BRINCADEIRA
NUMA MANEIRA DE TRANSPORTAR PARA ELA
TODAS AS RIVALIDADES E PARANÓIAS DA VIDA
ACABA TRANSFORMANDO UM ESPORTE
QUE ENCANTA ATÉ AOS LEIGOS
NUM DELÍRIO
ONDE NEM OS LOUCOS COMPREENDEM

PARA QUEM TEM A MENTE SAUDÁVEL
ESTE ESPORTE É UMA FANTASIA DA VIDA
É UM LIRISMO SOLTO PELOS ARES
QUE UNE PESSOAS DE VÁRIAS IDADES
PARA MATAR A SAUDADE
DOS TEMPOS QUE FELICIDADE
NÃO SE COMPRAVA, MAS SE CONQUISTAVA.

Texto de autoria de

SILVÂNIA BAITA MENDONÇA AGOSTINI
Esposa do Aeromodelista Clebinho – AEROBJ
Bom Jesus do Itabapoana-RJ – 2009.

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